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A Fonte,
A Palavra de Deus
O que a Bíblia nos ensina? A Bíblia nos ensina a respeito da
vida; ela nos ensina a própria verdade (Jo 17.17). A Bíblia nos ensina a
verdade que precisamos saber para começarmos a viver a vida que honra e
glorifica a Deus. Ela nos ensina o que é certo e o que é errado; o que é
proveitoso, o que é sábio e o que é estultice. A Bíblia nos ensina como podemos
escapar da corrupção que existe no mundo e em nosso coração. Ela nos ensina
como podemos ser eficientes no ministério cristão; como ser bons esposos e
esposas, pais e filhos; como ser bons cidadãos, como amar a Deus e ao nosso próximo
(2 Pe 1.3,4). A Bíblia nos ensina como resolver nossos problemas à maneira de
Deus (1 Co 10.13; Rm 8.32-39). Ela nos ensina como ter alegria, paz, gentileza,
paciência, bondade, amabilidade, autocontrole e dignidade (2 Pe 1.5-7; Gl 5.
22,23). A Bíblia nos ensina a respeito da Divindade, do céu, do inferno, da
vida presente e da vida por vir. Na verdade, a Palavra de Deus nos ensina (pelo
menos na forma de princípios) tudo o que necessitamos saber para que tenhamos
uma vida eficaz e bem-sucedida, conforme Deus mesmo define esse tipo de vida (2
Pe 1.8,9; 1 Tm 4.7; Jo 10.10).
As Escrituras são o nosso padrão infalível e inerrante em
assuntos de fé e de prática. A Palavra de Deus é “perfeita e restaura a alma”;
é “fiel e dá sabedoria aos símplices”; é correta e alegra o coração; é pura e
“ilumina os olhos”. Seus ensinos são “mais desejáveis do que o ouro, mais do
que muito ouro depurado”. Por meio deles, o povo de Deus é advertido, protegido
do erro e de angústias, e, “em os guardar, há grande recompensa” (Sl 19.7-11).
O Salmo 119, o capítulo mais longo da Bíblia, refere-se
totalmente à Palavra de Deus. Neste salmo, em quase todos os seus 176
versículos, o autor exalta a utilidade dos ensinos encontrados na Palavra de
Deus. Conhecer e praticar os ensinos da Palavra de Deus produz uma vida
abençoada, um coração agradecido, livramento do opróbrio, pureza de coração,
libertação do pecado, alegria e gozo incomparáveis, livramento da reprovação e
do desprezo, vigor e fortalecimento interior, ousadia e coragem, conforto e
refrigério, liberdade e segurança e muitos outros benefícios. Não devemos nos
admirar destas palavras do salmista: “Terei prazer nos teus
mandamentos, os quais eu amo”; “Terei prazer nos teus decretos; não me
esquecerei da tua palavra”; “Os teus testemunhos são o meu prazer, são os meus
conselheiros”; “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus
caminhos”; “A minha alma tem observado os teus testemunhos; eu os amo
ardentemente”; “Tenho por, em tudo, retos os teus preceitos todos” (Sl 119.47,
16, 24, 105, 167, 128).
Que bênção é possuirmos o ensino infalível do Deus infinito
e inerrante, desfrutando deste ensino como um guia para nossa vida e um auxílio
para entendermos nossos problemas e as soluções para eles! Este ensino se
tornou especialmente real para mim há algum tempo, quando estava em meus
estudos universitários na área de psicologia. Enquanto estudava na
universidade, ouvi muito a respeito de teorias e opiniões de muitas pessoas
supostamente eruditas no que diz respeito ao homem e seus problemas. Depois de
apresentar as várias e habitualmente conflitantes teorias a respeito do homem e
seus problemas (teorias ensinadas por líderes respeitados no campo da
psicologia), um dos professores disse: “Não podemos ter certeza se qualquer
destas teorias é completamente verdadeira. Mas, se vocês têm de aconselhar
outras pessoas, estudem estas teorias e decida qual delas lhes parece mais
sensata. Vocês têm de fazer isso porque, quando as pessoas vierem para
aconselhamento, elas desejarão ouvir algo que lhes esclareça o porquê dos
problemas pelos quais elas estão passando”. Apreciei a sinceridade deste homem,
mas fiquei triste por reconhecer que pessoas estariam procurando ajudar outras
a entenderem seus problemas e a encontrarem soluções para eles, sem terem
qualquer razão consistente que lhes daria a certeza de que as coisas em que
estavam crendo tinham algum valor genuíno. Ao mesmo tempo, eu me regozijei em
saber que a Palavra de Deus é proveitosa para nos ensinar, de maneira
infalível, “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (2 Pe 1.3).
Em outro curso de psicologia, a questão dos valores estava
sendo discutida. Havíamos aprendido que a única maneira de alguém determinar o
certo e o errado é agir de conformidade com esta máxima: “O certo é tudo aquilo
que é significativo e satisfatório para você e não machuca as outras pessoas”.
Em meu papel de respostas daquela aula, afirmei que isso nos deixa em um dilema
terrível, relativista e incerto no que se refere a determinar o certo e o
errado. De maneira tão respeitosa e gentil quanto possível, escrevi: “Esta
maneira de determinar o certo e o errado é bastante relativista e subjetiva,
pois aquilo que eu penso ser significativo e satisfatório pode ser muito
diferente daquilo que outra pessoa pensa ser significativo e satisfatório. Além
disso, como eu posso saber que algo é realmente significativo e satisfatório?
Visto que eu sou um ser humano limitado, aquilo que eu penso ser significativo
e satisfatório pode não ser, de maneira alguma, uma avaliação exata”.
No mesmo papel de respostas, escrevi as seguintes perguntas
a respeito da declaração de que o certo é aquilo que não machuca as outras
pessoas: “Que padrão devo utilizar para determinar se algo realmente não
machucará outra pessoa? Como posso ter certeza de que outra pessoa não será
ferida por aquilo que eu faço ou não faço?
Sou finito e falível, e meu entendimento daquilo que machuca os outros pode ser total ou, pelo menos, parcialmente errado”. Em respostas às minhas perguntas, o professor escreveu: “Você levantou algumas questões sérias e interessantes, para as quais não temos respostas; mas continuaremos a lutar com tais questões”. Em outras palavras, se esquadrinharmos este padrão do certo e do errado, descobriremos que não temos realmente nenhum padrão.
Sou finito e falível, e meu entendimento daquilo que machuca os outros pode ser total ou, pelo menos, parcialmente errado”. Em respostas às minhas perguntas, o professor escreveu: “Você levantou algumas questões sérias e interessantes, para as quais não temos respostas; mas continuaremos a lutar com tais questões”. Em outras palavras, se esquadrinharmos este padrão do certo e do errado, descobriremos que não temos realmente nenhum padrão.
Quão infeliz é a situação daqueles que, trabalhando em
ajudar outras, não têm uma base sólida que lhes capacite a entender as pessoas
e seus problemas e a encontrar soluções para eles. Quão agradecidos e humildes
nos deveríamos mostrar pelo fato de que temos a Palavra de Deus, a qual é
proveitosa para nos ensinar. Meus irmãos, posso dizer-lhes, não com orgulho, e
sim com ousadia, que realmente temos as respostas! Temos a verdade na Palavra
de Deus. Neste livro, a Bíblia, o Deus todo-poderoso nos revela o que é certo e
o que é errado. Quando fundamentamos nosso entendimento neste livro, não
precisamos perguntar: “O que eu estou fazendo é certo ou errado?” Se os ensinos
deste livro são inspirados por Deus, podemos ter paz, confiança e segurança, se
aquilo em que cremos, o que dizemos, o que fazemos está de acordo com o que a
Bíblia diz. Se o Deus todo-poderoso, todo-sábio, onisciente e infalível ensina
algo, o que nos importam as coisas ensinadas pelo resto do mundo? É de acordo
com a lei e com o testemunho da Palavra de Deus que falamos a verdade, e
qualquer coisa que contradiz a Palavra de Deus é expressamente falsa (Is 8.20).
Se uma pessoa não tem a certeza resultante de reconhecer que
aquilo em que ela crê é o ensino de Deus, tal pessoa passa a vida toda como um
navio sem âncora. Ela é constantemente jogada de um lado para o outro, sem
qualquer fundamento verdadeiro para ter certeza a respeito de qualquer coisa.
Quando tal pessoa medita realisticamente a respeito de sua situação, o
resultado é incerteza, temor, ansiedade, depressão, confusão, perplexidade e
várias outras experiências desagradáveis. Ao contrário disso, quando uma pessoa
reconhece que os ensinos da Bíblia foram inspirados por Deus, e tal pessoa
entende, crê e aplica esses ensinos à sua vida, ela possui os fundamentos
sólidos para desfrutar de paz, confiança, certeza, contentamento, ousadia,
coragem, gozo, gentileza, bondade, amabilidade, autocontrole e dignidade.
Wayne Mack
Fonte: Editora Fiel